A acumulação de pensamentos, experiências e suposições me sobrecarregavam.
A intensa dor era um chamado para buscar dentro de mim o consolo para a parte que sofria o desamor e a separação.
Essa faceta minha capaz apenas de sentir, observar e estar plenamente consciente no espírito puro.
Decidi me permitir experimentar desde o êxtase até a mais profunda dor.
Me soltei pensando que ficaria vazia, mas acabei tendo tudo.
Respirei, vivi plenamente cada sensação e fiquei agradecida porque tudo me conduziu até este ponto.
Descobri o prazer de viver o presente e o reconfortante que é sentir alegria e ilusão sem depender do entorno.
Encontrar paz interna gerando momentos felizes um após o outro.
O universo esconde sua magia dentro das vivências cotidianas.
Nos confronta tanto com a dor como com o amor incondicional.
Nos incentiva a nos reinventarmos constantemente, nos convidando até mesmo do caos a criar beleza.
Nos presenteia com a oportunidade única de fluir com as mudanças contínuas construindo uma existência sempre renovada segundo após segundo.
Sempre podemos abraçar as mudanças nos mergulhando no maravilhoso do aqui e agora; desfrutando do precioso dom do estado puro do ser.
A fortuna reside em se tornar luz enquanto buscamos maior iluminação.
O sublime privilégio de se libertar completamente para amar sem limites.
Viver banhados pela luz consciente, sendo pura existência.
Abraçar a Mudança: Sempre é Possível
Na minha carreira, tenho testemunhado inúmeras histórias de transformação. Mas há uma que sempre ressoa fortemente em minha mente. A história de Clara.
Clara chegou ao meu consultório aos 58 anos, depois de ter dedicado a maior parte de sua vida ao cuidado de sua família e ao trabalho em um emprego que não a satisfazia. Sentia que tinha perdido muito tempo e que já era tarde demais para buscar sua própria felicidade ou realizar qualquer mudança significativa em sua vida.
Ao longo de nossas sessões, falamos muito sobre a percepção do tempo e como isso pode ser nosso maior limitante ou nosso maior aliado. Compartilhei com ela uma citação de George Eliot que sempre me inspirou: "Nunca é tarde demais para ser quem você poderia ter sido". Essa ideia ressoou profundamente em Clara.
Começamos trabalhando em pequenas mudanças, pequenos passos fora de sua zona de conforto. Desde aulas de pintura, algo que sempre quis fazer mas nunca teve coragem, até explorar novas oportunidades de trabalho que estavam mais alinhadas com seus interesses e paixões.
A cada pequena mudança, vi como Clara começou a florescer. Não foi fácil; houve momentos de dúvida e medo. Mas também houve momentos de alegria indescritível e conquistas pessoais que pareciam impossíveis meses atrás.
Um dia, Clara entrou em meu escritório com um sorriso radiante: ela havia decidido se inscrever em um programa universitário para estudar design gráfico, algo com que sonhava desde jovem. Temia ser a estudante mais velha da turma, mas isso já não importava tanto quanto viver uma vida sem realizar seus sonhos.
A transformação de Clara é um testemunho poderoso de que realmente nunca é tarde demais para abraçar a mudança. Sua história é um lembrete brilhante para todos nós: não subestimem o poder do crescimento pessoal e não limitem o que podem alcançar, não importa em que fase da vida estejam.
Assim como Clara conseguiu redefinir seu caminho e perseguir suas paixões com coragem, todos nós temos essa capacidade intrínseca de enfrentar o novo e mudar nossa história. É uma questão de dar o primeiro passo em direção ao desconhecido, confiando em nossa capacidade de nos adaptar e crescer.
Lembre-se: A mudança é a única constante na vida. Abraçá-la não apenas é possível; é fundamental para viver plenamente.