Há dias que seria conveniente apagar do calendário. Um deles poderia ser 29 de janeiro de 1953, mais precisamente na manhã em que nasceu Bruce Everitt Lindahl em Saint Charles, Illinois, Estados Unidos. Porque aquele bebê tão lindo e gordinho, tão loiro e de olhos cor de céu, se tornou um dos assassinos mais sinistros da história de seu país.
Apesar de ter morrido jovem, com apenas 28 anos já carregava sobre seus ombros um histórico de horror do qual nunca teve que prestar contas. Bruce, filho de Jerome Conrad Lindahl e Arlene Marie Folkens Haddock, formou-se como eletromecânico na década de 70.
Trabalhou como eletricista enquanto ensinava na Kaneland Vocational School. Embora sua aparência e carisma lhe permitissem manter uma vida social ativa, sua personalidade volátil e sua amizade com um policial chamado Dave Torres seriam fatores cruciais em seu destino sombrio.
A vida de Lindahl começou a tomar um rumo sinistro em 1976 quando Pamela Maurer, uma adolescente de 16 anos, desapareceu após sair de casa. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, e os forenses confirmaram que ela havia sido estuprada e estrangulada.
Apesar das evidências encontradas, a polícia não conseguiu vincular Lindahl, que tinha 23 anos na época, a esse horrendo crime.
Em 1978, Lindahl enfrentou várias prisões por posse de maconha e outros delitos menores, mas nunca foi vinculado aos crimes mais graves. Sua amizade com Torres, que o defendeu e o protegeu em várias ocasiões, permitiu que continuasse sua vida de violência sem ser capturado.
Com o tempo, Lindahl se tornou mais ousado. Em 1979, sequestrou e estuprou Annette Lazar, que conseguiu escapar e denunciá-lo, mas seu testemunho foi ignorado. À medida que Lindahl continuava sua vida cotidiana, seus crimes se tornaram mais frequentes e impiedosos.
Em 1980, ele se encontrou com Debra Colliander, a quem sequestrou e estuprou. Apesar de seu caso ter sido levado a tribunal, a falta de testemunhas a deixou vulnerável e, pouco depois, Debra desapareceu, presumivelmente assassinada por Lindahl.
Em 4 de abril de 1981, Lindahl esfaqueou um jovem chamado Charles Robert Chuck Huber Jr. em sua casa. Este foi um de seus últimos atos de violência antes que sua vida se extinguísse aos 28 anos, deixando a polícia e a comunidade em um estado de confusão e horror.
A vida de Bruce Lindahl terminou de maneira violenta, mas seus crimes não ficaram sem resolução. Décadas depois, a tecnologia forense permitiu que os investigadores confirmassem que Lindahl foi responsável por pelo menos doze homicídios e nove estuprados.
Em 2020, estabeleceu-se sua conexão com o assassinato de Pamela Maurer, graças às novas técnicas de DNA que não estavam disponíveis nas décadas de 70 e 80.
O detetive Chris Loudon, encarregado do caso de Maurer, nunca esqueceu a vítima. A exumação de seu corpo e a análise do DNA finalmente levaram à identificação de Lindahl como seu assassino. Seu legado sombrio deixou uma marca indelével na história criminal dos Estados Unidos, e seu caso ressoa como um lembrete da importância da justiça e da tecnologia na resolução de crimes.
As histórias das sobreviventes, como Annette Lazar e Sherry Hopson, continuam sendo uma voz em meio ao horror que Lindahl infligiu.
Embora sua vida tenha sido curta, o impacto de seus crimes e o sistema que falhou em detê-lo ainda vive, nos lembrando que alguns dias são difíceis de apagar do calendário da história.
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